"Eu considero Guaraqueçaba um pequeno mundo dentro do mundo"
- Padre Mário Di Maria - (12/07/1974 - entrevista ao Jornal Diário do Paraná)

14 de dezembro de 2009

Fâmulos de Bonifrates - 10 anos - um caso de amor por Guaraqueçaba !!!

por Zé Muniz

O Grupo Fâmulos de Bonifrates iniciou seus trabalhos no dia 14 de dezembro do ano de 1999, após conclusão da Oficina de Formação de Atores no Teatro de Formas Animadas e Educação Ambiental, com carga de 120 horas, concluídas com a montagem do espetáculo de bonecos “O Canto do Galo”, retratando histórias, lendas e o folclore musical caiçara, registradas em pesquisas durante o processo da oficina que fora ministrada pelo ator-bonequeiro Itaércio Rocha, integrante do Grupo Mundaréu, de Curitiba.


oficina de teatro de bonecos com Itaércio Rocha
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oficina de fandango com Mestre Anísio pereira

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Desde 15 de setembro de 1999, Zé Muniz e Ivan Araújo reuniam alguns alunos interessados na arte, professores apoiadores e lançaram a proposta da criação do “Grupo Colegial de Teatro Amador Marcílio Dias”, com alunos do colégio, porém as atividades nem bem começaram, já tiveram que acabar, por conta de empecilhos como a falta de espaço e inclusive a falta de apoio de alguns professores.


O Canto do Galo (Rio Verde)
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Guaraqueçaba já havia recebido um treinamento na arte bonequeira, sob direção de Clodoaldo Costa, por intermédio da SPVS, no projeto do Papagaio da Cara Roxa e que concluiu com a montagem do espetáculo “Juca e o Papagaio”, apresentado pelo Grupo Pirão do Mesmo, por muitos anos e em diversas comunidades.


oficina de rabeca com Mestre Anísio Pereira
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Aproveitando-se do abandonado Grupo Colegial de Teatro Amador, das pessoas que já haviam trabalhado com teatro de bonecos e das que acabaram de concluir a oficina de arte bonequeira, Zé Muniz e Ivan Araújo fundaram o Grupo Mamulengo Fâmulos de Bonifrates, estreiando seus trabalhos no dia 14 de dezembro de 1999, inicialmente com o lenço formado por Zé Muniz, Ivan Araújo, Maurício Galdino, Wagner Amorim, Rafael Sarubbi, Zeunir Cubes, Dudu Schotten e Marcelo Mendonça.

Como seria o nome do novo grupo? Contadores de Histórias? Historiadores de Guaraqueçaba?... Até que Ivan Araújo apareceu com um dicionário de sinônimos, propondo o nome FÂMULOS DE BONIFRATES, justificando que significaria “Criados dos Bonecos” (Fâmulos: servos, criados - Bonifrates: bonecos, fantoche), sendo acrescentado o nome “Mamulengo” em 10 de março de 2000 por nos reconhecermos com esta arte tão descrita pelo nosso Mestre Itaércio Rocha.


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“no Brasil existe ainda viva uma forma de teatro de bonecos praticada por artistas do povo que se denomina Mamulengo. Uma manifestação da sabedoria popular, acontece ao ar livre, à sombra de grandes árvores, nos largos das igrejas e nos pátios de feiras. Sua invenção, seu desenvolvimento e sua permanência ocorrem graças aos artistas populares, reconhecidos em suas comunidades como Mestres e denominados mamulengueiros, assim como seus bonecos são chamados de mamulengos, e a própria representação dramática, de brinquedo”. - Fernando Augusto Gonçalves – Curador da Exposição Mamulengo – O Boneco Brasileiro (SESI Bonecos do Brasil – 2005).
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Após o inicio da atividades, o Grupo perde sua sede, antiga casa da SPVS, onde já desempenhava funções o Grupo Teatral Pirão do Mesmo, ficando então sem um espaço fixo para reunir-se e ensaiar. Época em que guardam seus pertences nas casas dos integrantes e os ensaios acontecem nas praças de Guaraqueçaba.

Como um dos integrantes (Wagner Martins) ministrava aula de música no antigo Casarão do IBAMA, o Grupo recebeu autorização de tal órgão para guardar seu material cênico neste espaço, bem como usá-lo para ensaios e oficinas.

Com o intercâmbio com o Grupo ADC Siemns, o Fâmulos de Bonifrates recebe uma doação de materiais cênicos já aposentados pelo grupo curitibano, porém necessita de espaço próprio para guardar tal doação, bem, como ensaiar e pesquisar, produzir novos espetáculos. Foi quando, com o apoio do IBAMA através de Edmir Vidal Lopes, o Zil e o empenho de José Otávio Consoni, o Grupo Fâmulos de Bonifrates passa a utilizar o antigo espaço da SUDEPE (Superintendência de Pesca), já desativado a muito tempo, tendo sido ocupado pela Polícia Militar, Prefeitura Municipal, e já há muito tempo em completo estado de abandono.


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Tão logo a liberação do espaço, o Fâmulos de Bonifrates tratou de apropriar o espaço para receber seus espetáculos e oficinas, visto que as condições precárias do espaço não ofereciam condições mínimas de convivências e higiene.
Foram pintadas as paredes, reinstaladas as fiações elétricas, feito o piso do pátio central, e ali, concentrava-se agora, o único centro cultural de Guaraqueçaba, como o é ainda hoje.

Com o apoio, ainda que verbal ou tácito, do antigo IBAMA, hoje Instituto Chico Mendes, o espaço, que apenas servia como sede do Grupo fâmulos de Bonifrates, hoje abriga o Grupo Fandanguará, com jovens fandangueiros de Guaraqueçaba, a Associação de Fandangueiros do Município de Guaraqueçaba, o Banda Kaos, com jovens que pesquisam um repertório musical brasileiro, além da Casa do Fandango, um Ponto de Cultura, financiado pelo Governo Federal, transformando-se num verdadeiro, e antigamente sonhado, hoje realidade, centro cultural, onde além de exibições de filmes, é realizado oficinas, acesso gratuito de internet, espaço de bailes de fandango, exposição permanente e temporária sobre tradições caiçaras, ensaios, apresentações de bonecos, além de espaço para reuniões da Associação ou do Encontro de Fandango e Cultura Caiçara, realizado pela Associação de Fandangueiros nos anos de 2006 e 2008.
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Espetáculos

Nestes 10 anos de trajetória cênica, o Grupo Fâmulos de Bonifrates contabiliza mais de 300 apresentações dos seus 10 espetáculos, entre eles, “O Canto do Galo”, “Contos de Dante”, “Farinha Vs. Cuscuz”, “Kd Vc Perereka”, “O Boi e o Burro no caminho de Belém”, “Rainha dos Caiçaras”, “É pra Kebrá Mossada” e “Auto de Guaraqueçaba”, apresentados nos mais longínquos e distintos lugares, como Ilha da Cotinga, Barra de Ararapira, Ilha das Peças, Ilha de Superagui, Medeiros, todos em Guaraqueçaba, além de Paranaguá, Antonina, Guaratuba, Matinhos, Caiobá, Curitiba, São José dos Pinhais, Pinhais, Quatro Barras, Araucária, Campo Largo, Irati, Fernandes Pinheiro, Faxinal do Céu, Toledo, Cascavel, Ponta Grossa, Cananéia (SP).


Rainha dos Caiçaras

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“Fazer Arte é um ato solitário. Solidão, por que muitos dizem fazê-la, mas poucos a realizam. É desesperador, para mim, pelo menos, assistir teatro e não encontrar teatro. E, em vocês, não sei por que conformação astral encontrei um teatro abundante. Por essa razão quero fazer minha Declaração de Amor a vocês. Quero chuva de flores sobre vossas cabeças. Quero-os elevados, de corações inspirados em júbilo e satisfação de fazer um trabalho efêmero, mas parte de um trabalho duradouro (tão durável como que d’ouro) que é emocionar a platéia. Essa rapaziada de Guaraqueçaba! A vocês peço um: Tornem-se os maiores Mamulengueiros do sul. E digo dois: Já vi dez, vinte, trinta fandangueiros, mas quando vocês sobem nessas “baquetas pedais”, transcendem, não são vocês; são deuses do mar batendo por todos os tempos. Espantando o Mal, sim, sim, sim! E se um dia o diabo tomar minha casa e dr. Freud não der conta: Exorcizo com vocês. Sabem o que vi? Reis despachando Éditos: Mande-lhes Anu. Vejo um outro começo da Era, de gente fina, elegante e sincera...É verdade! Mas a coisa que mais me alegra, é ver que aqui, estamos crescendo, que estamos nos incomodando, que não queremos envelhecer (pois a velhice e por fim a morte é desistir). E isso me faz ver que existe um Movimento verdadeiro, não um movimento de Aptb ou sindicato, mas um mover de Arte, de Criação. Não um mover para cachê; e isso vem matando algo que é muito precioso. Por que vejo combate para ganhar dinheiro, e só agora, o combate por um bom teatro. Isso me faz querer fazer parte desse Mover Por Teatro. Pois deixei de ser de uma classe reivindicando melhores condições salariais – Essa Luta Não faço! Pelo que vocês me fizeram. Pelo que eu acredito. Eu os amo!”. (Jorge Miashyro – quando da participação do Fâmulos de Bonifrates no X Festival Espetacular de Teatro de Bonecos, em Curitiba).
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com Itaércio Rocha no Festival Espetacular de Teatro de Bonecos (Fundação Teatro Guaíra)

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CRONOLOGIA:

1. 2000. Com o Espetáculo “O Canto do Galo”, o Grupo vai à Curitiba apresentando-se na Semana do Meio Ambiente e logo em seguida no Teatro Guaíra para bonecos e no retorno, um novo espetáculo é montado visando o aniversário de Guaraqueçaba, “Os Contos de Dantes”. Mais tarde, na comemoração dos 500 Anos de Brasil, é montado o espetáculo “Guaraqueçaba 500 Anos de Brasil”. O grupo vence, com o espetáculo “Farinha Vz. Cuscuz” o III Festival de Arte Estudantil de Paranaguá, com apoio do Colégio Estadual Marcílio Dias, no qual Ivan Araújo ganhou como melhor ator do festival. Em novembro o grupo é convidado a participar do 3º Seminário Vem Ser Cidadão, realizado em Faxinal do Céu, evento contando com mais de 1.200 jovens de vários estados brasileiros e de países latino-americanos e em Dezembro é comemorado no Salão Paroquial, o 1º ano do grupo com apresentações dos espetáculos “Os Contos de Dantes”, “Farinha vs. Cuscuz” e “O Boi e o Burro a caminho de Belém”, concluindo o ano com 44 apresentações.


campeões do III FAEP Festival de Arte Estudantil - Paranaguá

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2. 2001 - Voltando das férias de fim de ano, com limpeza e lavagem do Centro Cultural Fâmulos de Bonifrates (ou Rancho Mamulengo Fâmulos de Bonifrates), o grupo grava para o Globo Repórter em fevereiro e também para TV Educativa em março e nesse mês estréia o novo espetáculo “Os Turrões”, sendo levado a Faxinal do Céu, bem como apresentado em Guaraqueçaba. Em julho o grupo se apresenta com o espetáculo “O Canto do Galo” no Teatro de Bonecos Dr. Botica e também no X Festival Espetacular de Teatro de Bonecos, realizado pelo Centro Cultural Teatro Guaíra, conseguindo profissionalizar José Carlos, Ivan e Eduardo, tornando-se membro da APTB (Associação Paranaense de Teatro de Bonecos). Com a SPVS, o grupo percorre várias comunidades insulares, participando do Programa Papagaio de Cara Roxa, apresentando a peça “Juca e o Papagaio”, a partir daí incluída no espetáculo “O Canto do Galo”. O Grupo é convidado a ministrar a Oficina de Iniciação a Arte Bonequeira, em Fernandes Pinheiro – Floresta Nacional de Irati, com 30 horas de iniciação, sendo criado 04 peças: Grupo Araucárias com a peça “Lenda da Gralha Azul”, Grupo Tulicas com a peça “Índia Nara”, Grupo Tatu Bolinha com a peça “Bacon com Calabresa” e o Grupo Raízes com a peça “Noite de Espanto”, todas voltadas à história local. Retornando é estreiado no Salão Paroquial um novo espetáculo - “KD VC Perereka?” – trazendo toadas de Boi de Mamão, a lenda do Salto Morato, músicas de Fandango, Romaria do Divino Espírito Santo e uma lenda de Fandango, levando este mesmo espetáculo para o Festival Folclórico de Juventude, em Toledo. Em Novembro, a participação no 4º Seminário Vem Ser Cidadão em Faxinal do Céu, apresentando Cacuriá e Fandango, passando, o grupo, a integrar o Centro de Protagonismo Juvenil. Em dezembro, comemorando o 2º aniversário, é realizada a estréia do espetáculo “Rainha dos Caiçaras” contando as lendas de aparição da imagem de Nossa Senhora do Rocio - Padroeira Perpétua do Paraná. Com a ida de Sarubbi para Curitiba, o Mamulengo assumiu o Projeto “Nosso Pixirum”, idealizado por Rafael Sarubbi e José Carlos Muniz, um informativo voltado à juventude, relatando de forma divertida, assuntos sobre cultura e notícias sobre a comunidade. Neste ano, o grupo se apresentou por 49 vezes.


Waldomiro

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3. 2002 - No Aniversário de Guaraqueçaba o Mamulengo organizou a Exposição Fotográfica “Fatos e Atos”, abrindo visitação monitorada, contando a história da cidade aos estudantes, moradores e turistas. Em Julho, no XII Festival de Inverno de Antonina, realizado pela UFPR, é apresentado o espetáculo “Rainha dos Caiçaras”, se fazendo presente também no XI Festival Espetacular de Teatro de Bonecos – Teatro Guaíra e no 1º Oh! Fineco – realizado pelo Grupo Mundaréu e Nego Chico Produções. Em agosto, dessa vez em Faxinal do Céu, novamente no Festival Folclórico de Juventude. Em Outubro, o Mamulengo é representado por Dudu Schotten no 4º Fórum de Protagonismo Juvenil em Curitiba, depois o grupo no 5º Seminário Vem Ser Cidadão em Faxinal do Céu. Este ano foi encerrado com a remontagem da peça “Farinha vs. Cuscuz”, no Salão Paroquial, inscrita e selecionada no Projeto “O Paraná é o Palco”, visando um incentivo para a montagem do espetáculo e apresentação no Parque da Ciência.


Farinha Vz. Cuscuz - Projeto Palco Paraná (estréia em Guaraqueçaba)
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O Canto do Galo (Barra de Ararapira)

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4. 2003 – No mês do carnaval, é montado o Bloco “Brilho do Manguezal”, saindo com temas pelas ruas da cidade, bonecos, homens vestido de mulher, mascarados, ridículo, etc... Em julho no 13º Festival de Inverno em Antonina, seguido de apresentação em Curitiba no XII Festival Espetacular de Teatro de Bonecos – Teatro Guaíra. Seguem-se apresentações no Teatro de Bonecos Dr. Bottica em Curitiba e em novembro, a estréia de “Farinha Vs Cuzcus” no Parque da Ciência em Quatro Barras, no Projeto “O Paraná é o Palco”, tendo neste ano 36 apresentações.


Brilho do Manguezal 2009

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5. 2004 – O espetáculo “Kd Vc Perereka?” é apresentado nas Férias Animadas no Teatro Guaíra. Em março, Guaraqueçaba recebe na festa do município, um espetáculo de danças folclóricas “É pra Kebrá Mossada”. No mês de julho o espetáculo “O Canto do Galo” e “É Pra Kebra Mossada” são apresentados no FERA – Festival de Arte da Rede Estudantil, etapa leste, em Paranaguá, seguido de apresentação no XII Festival Espetacular de Teatro de Bonecos em Curitiba, pelo Teatro Guaíra, encerrando o ano com um baile de fandango na comunidade de Rio Verde, somando 33 apresentações.


Contos de Dante (Aniversário de Guaraqueçaba)

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6. 2005 – O grupo e amigos convidados recebe com apoio da SPVS, mais uma oficina ministrada por Itaércio Rocha, tendo percussão e canto por Melina Mulazanni e aulas de Rabeca por Daniella Gramanni. No final foi montado o espetáculo “Auto de Guaraqueçaba”, apresentado em algumas ilhas, na Lapa e Curitiba. Em maio, no auditório do Museu Oscar Nyemeir, o grupo participa do filme “Paraná de todas as Gentes” da Provopar – Programa do Voluntariado Paranaense, vídeo mostrado no Ano do Brasil na França, exaltando o artesanato do litoral paranaense. Em junho, participando do projeto “Museu Vivo do Fandango”, o grupo faz um levantamento dos fandangueiros da região e a peça “Auto de Guaraqueçaba” é gravada em cd. Ainda, contendo cenas filmadas em ensaios do Fâmulos de Bonifrates no mês de julho, o diretor Pedro Novaes, lança os documentários “Quando a ecologia chegou” e “Democracia in natura”, pela Cora Filmes.


oficina para o Auto de Guaraqueçaba
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Oficina de rabeca para o Auto de Guaraqueçaba
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Guará, Anú e Paco - Auto de Guaraqueçaba

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7. 2006 – No primeiro dia do ano, o espetáculo “É Pra Quebra Mossada” é apresentado na praça em Guaraqueçaba e ainda neste mês, em Antonina, no projeto Paraná Fazendo Arte – Programa Viva o Verão. O bloco “Brilho do Manguezal” volta as ruas, animando o Carnaval de Guaraqueçaba. Em maio, na comunidade Rio Verde, a peça “A História do Peixe” do espetáculo “O Canto do Galo” é apresentado, pelo Programa Paranização – Teatro Guaíra, no lançamento do vídeo - documentário sobre o Amargoso. No mês de julho, o “Auto de Guaraqueçaba” vai ao 15º Festival Espetacular de Teatro de Bonecos - Teatro Guaíra e também se apresenta no 16º Festival do Inverno da UFPR em Antonina. Logo em seguida a peça abre o Encontro de Fandango e Cultura Caiçara em Guaraqueçaba, no lançamento do Projeto Museu Vivo do Fandango.

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8. 2007 – O Fâmulos de Bonifrates iniciou seus trabalhos neste ano em Paranaguá, apresentando “O Canto do Galo”, nas dependências do SESC por motivo da colônia de férias, seguido do “Auto de Guaraqueçaba” em Guaratuba na programação “Viva o Verão Cultural” e na mesma semana no aniversário de Guaraqueçaba. Ainda esteve em Curitiba no mês de março nas comemorações do aniversário da cidade, o espetáculo “É Pra Quebra Mossada” na festa junina em Guaraqueçaba estreou o novo trabalho do grupo “Fandanguará”. No 16º Festival Espetacular de Teatro de Bonecos – Teatro Guaíra – em Curitiba, o grupo fez a abertura com a peça “Auto de Guaraqueçaba”, seguindo para apresentar-se no 17º Festival de Inverno em Antonina, no evento “Mutirão Pró Vida”. No final de julho, na comunidade do Rio Verde, o grupo realizou um baile de Fandango no 32º ENCA – Encontro Nacional de Comunidade Alternativa. No mês de agosto foi realizado a “Oficina de arte e cultura popular” para professores no Encontro Pedagógico em Guaraqueçaba. Em Curitiba, oficina de fandango na rua da cidadania para a Fundação Cultural, participação no show do Grupo Mundaréu, também no espaço de bonecos Dr. Bottica além de se apresentar no “Seminário de Patrimônio Imaterial”. Já em Paranaguá está no SEMHIS – Seminário de História com a peça “O Canto do Galo”. Em Ponta Grossa no IV FERA o “Auto de Guaraqueçaba” foi apresentado e “O Canto do Galo” no evento “Estética e Poesias Culturas Tradicionais e Populares”.


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9. 2008 – O ano inicia com apresentações para o projeto do Governo Estadual Viva o Verão em Guaraqueçaba e também em Caiobá no evento “Ritmos do Paraná” e em Curitiba com o espetáculo “O Canto do Galo”. O Grupo recebe um prêmio de Cultura Popular e planeja a gravação em cd do espetáculo “Auto de Guaraqueçaba”. Se apresenta na “Feira das Profissões da UFPR” em Matinhos, Festa do Espírito Santo na Ilha dos Valadares, apresenta-se com a Família Pereira em Guaraqueçaba e no II Encontro de Fandango e Cultura Caiçara participa com o espetáculo “Auto de Guaraqueçaba” e o “Grupo Fandanguará”. Neste ano, a sede do grupo, torna-se a sede também da Casa do Fandango, quando ali foi implantado um Ponto de Cultura, pelo Governo Federal e Ministério da Cultura.


oficina de cultura popular para professores da rede municipal de educação de Guaraqueçaba

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10. 2009 – o ano inicia com apresentação no evento “Ritmos do Paraná”, promovido pelo SESC Paranaguá, no município de Caiobá e em fevereiro tem-se a volta ás ruas do Bloco Brilho do Manguezal, quando também, no Superagui tocam e dançam nas noitadas de fandango no Bar AKDOV. No mês de maio, no Estúdio Gramophone, o “Auto de Guaraqueçaba” é lançado em cd. O grupo ainda se apresenta neste ano na cidade de Cananéia por ocasião da II Pegada Cultural. Intensificam-se as apresentações do Grupo Fandanguará, bem como as atividades voluntárias na Casa do Fandango. Iniciam os ensaios com jovens, visando recomeçar um outro elenco que ainda resida em Guaraqueçaba, visto a dificuldade de alguns acompanharem o trabalho.


gravação do Auto de Guaraqueçaba em Cd
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Auto de Guaraqueçaba
foto: Felipe varanda
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GUARAQUEÇABA, MESTRES, ATORES, PESQUISADORES, BONEQUEIROS, ARTISTAS, ARTESÃOS, AMIGOS... SÓ NOS RESTA AGRADECER
MUITO OBRIGADO

REFERENCIAL:
MIASHYRO, Jorge. "Declaração de amor". Escrito por ocasião do X Festival Espetacular de Teatro de Bonecos, em Curitiba.
MUNIZ, José Carlos. Fâmnulos de Bonifrates... vivencias! obra do autor. inédito.
GONÇALVES, Fernando Augusto. texto sobre a exposição de sua curadoria. "Mamulengo – O Boneco Brasileiro". SESI Bonecos do Brasil – 2005.

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