Era setembro de 1970, quando na praia deserta de Superagui, fora encontrado um navio, quase que completamente abandonado...
O mar por aquelas bandas traz de tudo, madeiras, muito lixo, caixões, corpos, enfim muitas coisas que até dá para aproveitar... Mas desta vez, um navio enorme, 45 metros de comprimento.
O navio era pesqueiro, se chamava SIN HAY II, de nacionalidade chinesa e apenas 03 tripulantes a bordo, dois deles amarrados ao mastro. O que acontecera com os demais???????
Quando levados em Paranaguá, foram identificados: Os amarrados eram o Comandante e o Maquinista. O terceiro homem, um marinheiro, que, segundo o Comandante, assassinou os 22 homens da tripulação, chaveando as cabines e ligando a mangueira de gás amônio usado para
refrigeração dos frigoríficos na mangueira que levava ar para as cabines, matando
todos por asfixia e intoxicação.
"sabíamos que teríamos que montar um sistema de força de aproximadamente
30 toneladas que corresponde à força dos rebocadores que operam no Brasil. No
primeiro momento alugamos um rebocador do Porto de Paranaguá, construímos uma
plataforma de madeira em sua popa para servir de suporte para uma âncora de
aproxidamente 3.000 Kg, 20 m. de amarras (corrente) e 800 m de cabo de aço de 1
polegada. Organizado todo este material, rumamos para o local onde o navio
estava encalhado". Quirino da Silva
fotos: Zé Muniz
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Quirino - irmão de Gabriel Ramos da Silva e filho de Thomé Gabriel Sobrinho (ambos ex-prefeitos de Guaraqueçaba) é o detentor de tal história e gentilmente expõe seu acervo.
Tão logo soube do acidente, a companhia seguradora Lloyd’s Register,
responsável pelo navio, contratou duas empresas, uma de Paranaguá, para retirar
o carregamento de peixe que estava no frigorífico do navio, o qual foi enviado
para a China pelo Porto de Paranaguá. A outra, do Rio de Janeiro, tinha a
missão de desencalhar e resgatar o navio, mas,
antes de instalar qualquer tipo de equipamento de salvatagem, esta rompeu o
contrato com o seguro argumentando ser uma missão impossível.
A Exposição Resgate do Sin Hay II conta esta história, de como a empresa de pesca de Thomé Gabriel Sobrinho fez o resgate do navio, que foi dado como causa perdida pela própria empresa especialista em resgate...
FOTOS DA EXPOSIÇÃO NO MERCADO VELHO EM GUARAQUEÇABA
Seis meses depois, falhas e sucessos, quase desistindo da empreitada, o navio estava de novo navegando; A população nativa ficou com muitas histórias de assombrações, guardaram muitos pertences do navio, inclusive foi até feita uma moda de fandango do fato, que infelismente não se conhece mais...
PROMOÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAQUEÇABA
SECRETARIA DE CULTURA ESPORTE E TURISMO
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acréscimo de postagem
08/11/2013
recentemente encontrei tal reportagem Programa Meu Paraná sobre o episódio
esta história me encantou ,deveria ter mais assim ,parabéns aos homens que acreditaram e realizaram aquela que parecia impossível
ResponderExcluirmissão ,é de homens assim que o Brasil precisa
O Quirino devia ter contado a verdadeira história do herói deste feito no desencalhe do navio e não a sua história. Quem operou o trabalho foi um cidadão chamado Anor Brenzink, que conduziu os trabalhos e preparativos para a retirada do navio. Na época realizou um planejamento de marés, luas, ventos e equipamentos necessários.
ResponderExcluirSua visão da história é importantíssimo para que possamos cada vez mais, ter um registro preciso dos fatos. Caso queira contribuir com seu depoimento, agradecemos desde já... (basta envoiar ou entrar em contato: muniznativofilho@yahoo.com.br).
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