“seja a mudança que você deseja ver no
mundo” – Mahatama Gandhi
Esta postagem estava pronta para ser publicado dia 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra, mas acabei não concluindo e penso que agora seja oporuno.
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Nesta última semana (20/11) foram diversos os debates sobre racismo,
discriminação, preconceito, com enfoques diferentes, desde as séries finais do
ensino fundamental ao ensino médio, tendo em vista principalmente o Dia
Nacional da Consciência Negra.
A percepção é clara, a sociedade, e não é de hoje, discrimina, é
preconceituosa, mesmo alguns ainda que involuntariamente, a praticam e não
haverá mudanças se esta não partir de cada um de nós; Não adianta a esperança
de que da noite para o dia, toda legislação brasileira se modificará e tão logo
amanhecer os cidadãos passarão a cumpri-la... UTOPIA! A própria legislação “dispõe”
de diversas brechas para qualificar crimes de racismo, por exemplo, como fosse
qualquer outro ato criminoso.
Relacionando a este tema, estava lendo sobre uma atividade em que certa professora
havia distribuído revistas aos alunos de 6º ano (crianças de 11, 12 anos), com a proposta que recortassem imagens
de pessoas que levariam para uma ilha deserta; Quase a totalidade dos alunos fizeram
recortes de pessoas brancas, aparentemente bem vestidas... Já quando a atividade foi o recorte das que
não levariam, o contrário aconteceu. Apareceram recortes de pessoas
aparentemente mal trajadas, negras e, os que não fizeram esta atividade foi
porque, folheando a revista, não encontraram tais representações – o
preconceito concebido como valor estético. De onde vem a mentalidade destas
crianças em valorizar padrões estéticos em primeiro lugar???????
No ensino médio, por exemplo, foi inclusive colocada em questão a
existência ou não de “raças”, pois se somos iguais perante a Constituição,
Declaração Universal, mais ainda, perante a Lei de Deus, o que ou porque a
sociedade nos faz acreditar na diferença, evidenciando neste momento a nossa
própria criação de conceitos ou apropriação de pré-conceitos e a consequente
“manipulação” sofrida na sociedade...
A consciência pode mudar. Se nós professores abordarmos estes e outros
temas, por exemplo, se a família fizer e bem a sua parte, a Igreja, os bons
representantes políticos (infelizmente o
que mais há são os maus), a sociedade civil, institutos e organizações e,
se bem observarmos, SIM, este bom trabalho já vem sendo feito, devagar, mas
sim, é possível acreditar num Brasil que dê certo. O desafio é constante, pois
o Brasil corrupto, desonesto, está também muito bem impregnado em diversos
setores da sociedade, inclusive nestes que tem um maior poder de mudanças ou
formar novas opiniões, portanto ainda tem muitos brasileiros que não querem ver
um Brasil para todos. É a milenar luta do bem contra o mal, mas como dizia
Gandhi “seja a mudança que você deseja ver no mundo”, comecemos a
praticar o bem, a educação, os bons princípios, a honestidade...
Nesta última semana terminei a leitura de “A Utopia do Brasil” de
Legrand, e pareço ter adentrado, sonhado e realimentado as minhas esperanças
num Brasil que dá certo, sim, é possível. Quantos Brasis, honesto e igualitário
acontecem diariamente nestes rincões de céu anil; Lembro-me agora da excelente
leitura que foi “Frutos do Brasil”,
de Neide Duarte, em alusão ao grande Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, mostrando um Brasil de
ações propostas e implantadas por jovens preocupados com a suas comunidades,
revolucionando suas vidas e de suas famílias/comunidades; Jovens que analisam
seus votos, jovens que pensam... Um
Brasil funcionando.
Em “A utopia do Brasil” o Presidente Getúlio Kubistchek Cardoso começa a
ouvir estas milhares de boas ideias que existem por ai (e como existem, tanto com o povão quanto partindo de bons
representantes políticos), muitas delas “pulando” de gaveta em gaveta em
senado e congresso e, a implantar reformas, na Constituição, Código Civil e
Penal, na Saúde, na Educação, prestes agora a receber 10% do P.I.B, por
exemplo, que já significa um grande avanço, também a re-divisão territorial do
Estados brasileiros até a perca de mandato para deputados e senadores que no
prazo de um ano não apresentassem, no mínimo, 10 projetos de melhorias para o
Brasil, a construção de aqueduto para irrigar o Nordestes (visto que a Petrobrás construiu 3.000km de gasoduto Brasil-Bolívia –
então daria certo com a água também, pois a tecnologia existe).
Mas, parece-me, que a utopia Brasil pode acontecer, se, diariamente, nós
enquanto cidadãos, nos preocuparmos na construção deste sonho, a partir dos
brasileiros honestos e descentes na prática dos bons princípios, que todos
conhecemos, mas parece que virou lei o “jeitinho brasileiro” e todos ou quase
todos fazem a opção da desonestidade, dos maus exemplos aos brasileirinhos que
nascem, até mesmo o Estado discrimina, criando novos brasileiros nem um pouco
preocupados com o bom andamento da Nação e o pior, parece estar bom para
todos... É exatamente neste sistema, que parece não querer melhorar, pois é
viável para alguns, que NÓS devemos insistir na boa prática, bons princípios,
igualdade... Lembro-me ainda que, ano passado, alguns alunos, até hoje fazem eu
me lembrar das veze que lhes dizia “por
favor”, “por gentileza” e “obrigado”, pois parecem estar tão
desacostumados com isso que, lógico, não praticam mais!
A honestidade ainda existe, precisamos constantemente semeá-la, cada vez
mais. Lembram daquele zelador, reportado internacionalmente pela mídia escrita
e falada após devolver certa quantia de dinheiro que achou? O que ele fez de
errado para ser noticiado internacionalmente? Nada! Apenas cumpriu seu dever enquanto cidadão honesto. É esse Brasil
que precisa acordar e voltar a existir; ou como dissera um pastor, certo dia em
que eu brincava com o controle remoto a escolher um bom programa, parei neste,
em que contava a história de um pai que, ao subir no ônibus com o filho é
indagado pelo cobrador que lhe dizia: “seu
filho pode passar por baixo da catraca”. Ao que o pai respondeu: “Não, ele já tem idade de pagar”. E o
cobrador: “Não se preocupe, ninguém vai
saber”. E a resposta do pai: “Não,
não! Meu filho vai saber”, pagando a passagem do filho e com certeza
servindo de exemplo para alguns Brasis que aquela cena assitiram. Naquele
programa a palestra era exatamente sobre “martirização”,
devemos negar ao prazeroso “jeitinho
brasileiro” se queremos ver um Brasil para todos, pois, neste país onde a
corrupção parece ter virado regra, é muito difícil ser honesto, mas é
possível...
Estes dias fui questionado a desvendar para os alunos os bastidores dos
famosos reality shows, campeões de
audiência na televisão brasileira e, ainda com algumas dificuldades de
entendimento, analisamos as milhares de ligações que recebem a cada um dos sei
lá, 10, 12, paredões, tudo isso convertido em milhões de reais, a cada paredão. Somado a 10 ou mais paredões - uma iniciativa milionária a custa da curiosidade de nosso povo pobre...
Péssimos programas arrecadando milhões e, nós do lado de cá da telinha fazendo
exatamente o que querem de nós, sem termos a mínima capacidade de questionar e
ou analisar. E reclamamos dos impostos. Isso porque nem falamos das novelas
brasileiras...
Talvez esteja ai a mudança em nossa consciência, a partir de bons
programas, construir esses princípios em nossos lares, escolas, igrejas, enfim
na sociedade e se cada cidadão seja no dia-a-dia e mesmo no profissional fizer
apenas a sua parte, bem feita, já estamos construindo um Brasil melhor. Gandhi
não estava errado quando dizia: “seja a
mudança que você deseja ver no mundo”.
Ótimas festas a todos!!!!!!! Bom final de ano!!!!!!! Excelente 2013 e muita pazzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Ótimas festas a todos!!!!!!! Bom final de ano!!!!!!! Excelente 2013 e muita pazzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz