tag:blogger.com,1999:blog-3670707978080670205.post4794261527041939344..comments2024-03-26T21:35:31.613-03:00Comments on "GUARAQUEÇABA": nos ensinando a preservar??????Zé Munizhttp://www.blogger.com/profile/05089085640745281092noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3670707978080670205.post-27188365456940186062016-01-06T16:29:19.286-02:002016-01-06T16:29:19.286-02:00Li os comentários sobre o que pensam e o que sente...Li os comentários sobre o que pensam e o que sentem os quaraqueçabanos e concordo com algumas das colocações ai apresentadas. Na minha opinião, os dois lados tem razão. De um lado, temos que proteger o que resta de nosso meio ambiente costeiro e de serra para as gerações futuras. A geração do meu pai se estabeleceu às margens do Serra Negra, na colônia alemã, nos anos de 1927 a 1942.Para plantar, detonaram a mata nativa da planície nas margens do rio, destocando e arando a terra para cultivarem o que eles achavam que seria o futuro para poderem sobreviver nesse ambiente bastante hostil. Eu imagino que, caso não fossem obrigados a sair do litoral em 1942, poderiam ter transformado a região em uma grande colônia agrícola e, quem sabe, de forma mais agressiva até agroindústrias poderiam ter se estabelecido no lugar, desmatando mais e mais. Morros não seriam poupados para plantar bananas e hoje, possivelmente não teríamos o IBAMA, ICMBIO e movimentos ambientalistas proibindo tudo pois já seria uma colônia estabelecida e atuante mesmo antes desses órgãos existirem, com o ambiente já domado e parcialmente destruído. A estrada poderia ter sido aberta com antecedência e asfaltada até a cidade de Guaraqueçaba e, quem sabe, a ligação com São Paulo já tivesse acontecido para escoarem a produção até Santos e Paranaguá. Quem sabe até Guaraqueçaba teria sido beneficiada com um porto, por estar bem mais próxima do que outras cidades litorâneas. Então fica a questão.Foi bom para nossa família ter sido expulsa dessa região, com uma mão na frente e outra atrás ? Hoje, analisando todos os fatos e situações, penso que o destino colocou cada coisa em seu lugar. A região foi fechada ao progresso, o qual pode trazer benefícios, quase sempre acompanhado de problemas. Veja o caso de Paranaguá.Cidade portuária, suja, mal cheirosa, apesar das belezas que ainda apresenta. Eu não gostaria de ver a cidade de Guaraqueçaba com esse aspecto. O que faltou para que os povos dessa região continuassem a vida que sempre tiveram foi a falta de um estudo antropológico de todos povoados dos arredores da cidade. Aprender como os habitantes viviam em harmonia com o lugar. Depois de criada a APA, a preocupação passou a ser única e exclusivamente com a proteção de tudo o que pudesse “ destruir “ a natureza. Infelizmente essa convivência entre o progresso e a preservação nem sempre é pacífica. Se, de um lado temos os nativos com problemas de sobrevivência, do outro lado temos um legado que teremos que deixar para as gerações futuras, as quais não merecem receber, como herança, um mundo como esse que estamos deixando para eles. Não podemos descuidar do ser humano mas ele deve ter a consciência de que, fazendo parte desse ambiente, é responsável por ele. Se todos tivessem um comportamento civilizado, não seria necessária a intervenção tão enérgica das autoridades que deveriam cuidar da APA de forma mais racional, sem exageros. Então, o que eu posso deixar para meus descendentes é a certeza que, apesar da nossa geração ter destruído um bocado do nosso meio ambiente, ainda temos o que comemorar. A região teria que se beneficiar do boom do turismo ecológico. Mostrar ao mundo o que temos a oferecer e tirar proveito disso. Morato, Sebuí, ilhas da região, revoada dos papagaios, guaras e outros atrativos tem que ser preservados para tirar proveito dessa existência. Os turistas querem vivenciar a natureza o mais selvagem possível. Vamos dar a eles essa chance. A cidade poderia ser um polo turístico do mercado ecoturístico. Boas pousadas já existem mas teriam que divulgar com mais empenho as maravilhas do lugar. Chamar dólares, euros, reais. O por do Sol no trapiche já é um motivo para a visita, bem como o passeio dos botos na baia. Se bem acomodado, bem tratado, o turista volta e trás mais gente que curte as mesmas coisas. É essa minha opinião e contribuição para o site. Abraços, muita paz e feliz ano novo a todos.JHDFhttps://www.blogger.com/profile/16862838571852072179noreply@blogger.com